sexta-feira, 27 de agosto de 2010

-" Em homenagem aos bombeiros ...

... uma imagem comovente que nos leva a acreditar na bondade do ser humano.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

-" Iberismo ou Ilusismo ?..."

Gibraltar e Olivença, vidas paralelas.

No ano de 1704, as tropas inglesas (aliança austríaca) que participaram na guerra civil espanhola, conhecida como de "sucesión", ocuparam Gibraltar. Foram 15 anos de guerra civil que originaram redução do PIB espanhol e diminuição da capacidade produtiva em cerca de 25%.
A guerra continuou até 1715, apesar de em 1713 se ter celebrado o Tratado de Utrecht, no qual Espanha cedeu ao ingleses, entre outras coisas, Gibraltar a título perpétuo.

Portugal envolveu-se, também, nesta guerra com tropas e dinheiros em apoio do pretendente Bourbon (Filipe de Anjou, apoiado pelo seu avó Luis XIV). Portugal celebrou com os Bourbon um pacto secreto, através do qual, em caso de vitória, teria as seguintes compensações : o território que corresponde ao triângulo que na zona do Tejo se introduz em Portugal (zona toda de cultura lusófona na altura) e outras zonas de fronteira historicamente vinculadas a Portugal (lugares de língua portuguesa) e mais alguns lugares fronteiriços na Galiza.
Ganha a guerra, os Bourbon, num estilo muito castelhano de cumprir pactos quando não teem intenção de cumprir, fizeram tábua rasa do tratado.

Vejamos o que aconteceu a Gibraltar.
Gibraltar passou a pertencer à Inglaterra. Os moradores de Gibraltar são conhecidos pela alcunha de “lhanitos” que continuam a usar e que é comum à dos habitantes de Puerto de Santa Maria, do outro lado da fronteira.
A Inglaterra, respeita em Gibraltar os títulos e méritos espanhois. Garante o culto católico nas igrejas e em Castelhano.... etc. etc….. e em mais de 300 anos de ocupação não há nenhum decreto, norma, ordem ou portaria, que proíba o uso da língua castelhana ou o seu ensino ou que lhe coloque alguma limitação. Isso, apesar de longos períodos de isolamento do resto peninsular, imposto pelos espanhois, o que deu lugar a repovoação com imigrantes extra-peninsulares.
Hoje em Gibraltar todo o mundo fala Inglês, mas praticamente todo o mundo “lhanito” fala em andaluz (variante dialectal espanhola muito distinta da norma padrão castelhana).
Quando o primeiro ministro do “Rochedo” fala para qualquer meio espanhol ou tv, fá-lo numa língua que para os restantes espanhóis é indistinguível da dos moradores do Puerto de Santa Maria.

Vejamos agora, por comparação, o que aconteceu com Olivença.
Olivença é logo ocupada na chamada “Guerra das Laranjas” em 1801. Em 1803 assina-se um tratado sob forte coação, onde Portugal se vê obrigado a ceder Olivença a Espanha. Porém, na Convenção de Viena, após a tempestade napoleónica, essa cedência é anulada e Espanha assina novo tratado no qual se compromete a devolver Olivença a Portugal.
Segundo o modelo espanhol e a sua habitual seriedade, esse tratado não foi e continua a não ser cumprido.
As agressões são constantes:
- A 20 de Fevereiro de 1805, foi decidido suprimir toda e qualquer escola portuguesa de Olivença, bem como o ensino do Português. (Olivença quando da sua ocupação, era a Vila mais populosa da actual Estremadura espanhola superando por ex. a vizinha Badajoz)
- A 14 de Agosto de 1805, as actas da Câmara Municipal passaram a ser escritas obrigatoriamente em Castelhano, o que fez uma vítima: Vicente Vieira Valério. Este, negando-se a escrever na Língua de Cervantes, teve de ceder o lugar a outro. E acabou por morrer à mingua de recursos, personificando um drama cujo desenvolvimento foi frequente para muitos oliventinos.
- As Escolas privadas continuaram a ministrar ensino em Português, até que são fechadas a 19 de Maio de 1813, com o propósito (oficial) "de evitar qualquer sentimento patriótico lusitano".
-Mas, porque eram muitos os oliventinos que queriam que os seus filhos fossem educados na língua materna, continuaram a existir professores particulares para o fazer. O "Ayuntamiento" não hesitou, e proibiram-se "as aulas particulares, sob pena de multa de 20 Ducados", em 1820.
- Em 1840, trinta e nove anos após a ocupação espanhola, o Português foi proíbido em Olivença; inclusivamente, os padres foram proíbidos de usarem, nas igrejas, o português.
- A partir de 1853 estabeleceram-se coimas para quem fosse apanhado na rua falando Português.

Política racista e de desprezo, de humilhação e de segregação, face aos falantes de Português. As autoridades castelhanas chegaram ao ponto de conseguir que a designação “português” fosse sinónimo de desprezo e insulto.

Ninguém espere que os presidentes das Càmaras de Olivença ou de Talega, ao falarem para qualquer meio de comunicação português, sigam o exemplo do seu colega de Gibraltar. Não vão usar a língua de Camões, porque nem a conhecem!...

Eis um bom exemplo para gritarmos "Viva o iberismo"!...
( ou ilusismo ?...),

(Adaptação duma ideia do nosso companheiro Alexandre Banhos, da Galiza.)

Nota:
hoje as coisas estão bastante melhor, graças à ação do Grupo dos Amigos de Olivença que pugnam para que Olivença faça parte da Lusofonia. No entanto, a História é uma grande professora que não podemos esquecer, tanto mais que, factos recentes não deixam que a esqueçamos ! ...

domingo, 22 de agosto de 2010

-" Exibição de ordem unida da Marinha dos EUA "

Sensacional exibição de ordem unida que a Marinha dos EUA apresentou num espetáculo militar.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

-" Dilma Rouseff faz comício na Casa de Portugal ?..."

Foram-me enviadas as seguintes mensagens que, de acordo com a isenção partidária que nortea este blogue, passo a divulgar.

Olá Amigas(os) do PortugalClub !
Já encaminhei uma solicitação de esclarecimentos ao sr. presidente da Casa de Portugal de São Paulo sobre a cedência do salão de festas da Casa de Portugal para a candidata Dilma Roussef ferindo assim uma norma estatutária sempre bem zelada durante os quase 75 anos de existencia da Casa de Portugal que prevê e obriga a isenção político-partidária dessa Associação luso-brasileira que tanto orgulha portugueses, brasileiros, luso-descendentes e Amigos de Portugal.

Assim tem sido ao longo desses anos em que candidatos de lá e de cá tem sido recebidos com fildalguia pela Diretoria da Casa nos seus habituais Almoços da Quintas. Jamais a Casa lhes concedeu um espaço para discursos eleitorais e/ou eleitoreiros, e muito menos lhes cederam o salão da Casa de Portugal para comícios.

Abriu-se um precedente perigoso com a presença de Dilma Roussef na Casa de Portugal. Segundo informações o salão teria sido alugado para a CUT, sendo do desconhecimento da Diretoria da Casa de Portugal que a candidata Dilma Roussef estivesse presente.

Estou completamente em desacordo com esse precedente e aguardando o pronunciamento do sr. Presidente da Casa, dr. Julio Rodrigues, pessoa a quem prezo pela seriedade com que dirige a Casa de Portugal.
Abraço
Eulalia Moreno - Sao Paulo- Brasil

Casa de Portugal apóia Dilma Rousseff?
No dia de ontem, dia 17 de agosto, como foi noticiado pelos órgãos de Comunicação Social brasileiros, a candidata a presidência do Brasil pelo Partido dos Trabalhadores(PT) , Dilma Rousseff, participou de um evento no salão de festas da Casa de Portugal de São Paulo, evento esse que teria sido agendado por algumas Centrais Sindicais .
O local que recentemente foi palco da grande confraternização luso-brasileira quando da Copa do Mundo que aconteceu na África do Sul, foi tomado por apoiantes da candidata com gritos de ordem e ataques aos demais candidatos, conforme amplamente noticiado. Ou seja, o salão de festas da Casa de Portugal transformou-se numa arena de confrontos políticos e manifestações sindicais.
Nos seus 75 anos de idade a Casa de Portugal nunca serviu ou deixou servir-se por políticos, candidatos de cá ou d´além mar . Concedeu-lhes apenas o privilégio de serem recebidos com fidalguia nos costumeiros Almoços das Quintas Feiras quando até lhes era permitido falar dos seus programas e propostas para um limitado número de presentes. Recordo-me nos idos anos ,do dr. Mario Soares e do professor Freitas do Amaral distribuindo o seu material de propaganda do lado de fora da Casa de Portugal quando o Consulado Geral de Portugal em São Paulo ainda ali funcionava.
Isso para dizer que a Casa de Portugal por todos considerada como a Mãe das Associações Luso-Brasileiras sempre procedeu de forma supra-partidária não apenas por isso estar previsto nos Estatutos mas por uma questão ética que sempre a regeu, e acredito, continua a reger.
O precedente de Dilma Rousseff é perigoso na medida em que alguns inadvertidamente até podem considerar ser a candidata do PT a candidata da Comunidade Portuguesa de São Paulo. Para dirimir dúvidas, solicitei ao sr. Presidente da Casa de Portugal explicações para o ocorrido. É inadmissível que candidatos a cargos políticos pretendam fazer da Casa de Portugal palco privilegiado para as suas campanhas. Sejam eles de qual partido forem. Eulália Moreno
Ola Amigas(os) do PortugalClub
Se alguém não sabia que o salão da Casa de Portugal supostamente alugado para a CUT serviria para um evento político da candidatura Dilma Roussef e demais candidatos do partido dos Trabalhadores(PT) é porque não acessou a agenda do próprio partido, tornada pública com mais de uma semana de antecedência. Ou seja, os militantes do PT sabiam que na Casa de Portugal haveria um ato político com a presença de Dilma Roussef.

A Diretoria da Casa de Portugal talvez não tenha sabido e assim, atropelando, inadvertidamente, os Estatutos da Casa permitiu um ato político nas suas instalações. Necessário que a Diretoria da Casa de Portugal faça um comunicado público manifestando a sua isenção político-partidária para que a Associação não seja considerada simpatizante da candidata Dilma Rousseff ou de qualquer outra candidatura.

Com a palavra a Diretoria da Casa de Portugal. Eu, como sócia, aguardo e antecipadamente agradeço

Eulalia Moreno - São Paulo- Brasil


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

-" Portugal em vias de extinção ? "

Na véspera do 10 de Junho, Dia de Portugal e das Comunidades, o INE fez saber que, em 2009, nasceram, pela primeira vez, menos de 100.000 bebés, novo mínimo absoluto de natalidade! Perante este facto ...
- fácil é perceber-se porque estão (e vão continuar!) escolas a fechar !
- fácil é perceber-se que Portugal está em vias de extinção!
- fácil é perceber-se que, num país moribundo, a última coisa de que se necessita são obras megalómanas, não só porque não irá haver população para as usar, como irá consumir indispensáveis recursos e agravar a doença em vez de a tratar.
Daí, a nossa pergunta de sempre:
quando é que Governo e Parlamento, com a cumplicidade do Tribunal Constitucional e Presidente da República, abandonam de vez a fortíssima política anti-natalista e anti-família que têm posto em prática nos últimos cinco anos, em reforço do disparate das últimas décadas, e adoptam medidas precisamente opostas, exactamente as mesmas que têm sido adoptadas, com sucesso, na defesa das espécies em vias de extinção.

APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas


domingo, 8 de agosto de 2010

-" Parcerias de investimento em África "

"A nova fronteira para o Japão e Portugal"
(seguindo o exemplo do Brasil)

SÃO JOSÉ ALMEIDA e ANA RITA FARIA
Akira Miwa, embaixador extraordinário plenipotenciário do Japão em Portugal, explica como os investidores portugueses podem ser parceiros dos japoneses em Angola e Moçambique
Assinalam-se hoje os 150 anos sobre a assinatura do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre Portugal e o Japão, uma potência mundial onde os portugueses foram os primeiros europeus a chegar. Uma relação que o embaixador em Lisboa, Akira Miwa, destaca e apresenta como um privilégio de relacionamento que torna Portugal mais interessante como porta de entrada para a Europa e em África.

Como podem ser melhoradas as relações Portugal-Japão?

Como se sabe, a assinatura do tratado é de há 150 anos, mas o relacionamento entre os dois países é mais longo. Havia contactos desde o século XVI, o ano exacto é 1543, quando os primeiros portugueses chegaram a território japonês. É a chegada dos europeus. Visto do Japão, este é o primeiro contacto do Japão com um país europeu. E trouxe um impacto muito grande sobre a cultura e a sociedade japonesa. O que é mais impressionante sobre o relacionamento nesse século foi a intensidade com que houve intercâmbio entre as duas culturas. Impressionante. O livro de Luís Fróis sobre a sua estada no Japão que durou mais ou menos 30 anos na segunda metade do século XVI é impressionante. É tão detalhado. Para conhecer a história e a vivência do Japão na segunda metade do século XVI não há nada escrito por japoneses tão detalhado e tão rico sobre a nossa história.

( Ler o artigo completo em http://rosadosventos2.blogspot.com/ )

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

- " O Plano para Salvar Portugal da Crise "

Passo 1:
Trocamos o “off-shore” da Madeira e a base das Lages, nos Açores, pela Galiza, mas os espanhóis têm que levar todos os nossos políticos.

Passo 2:
Os galegos são boa onda, não dão chatices e ainda ficamos com o dinheiro gerado pela Zara (é só a 3.ª maior empresa de vestuário). A indústria têxtil portuguesa é revitalizada. Espanha fica encurralada entre os Bascos e os políticos portugueses.

Passo 3:
Desesperados, os espanhóis tentam devolver os políticos portugueses . A malta não aceita.

Passo 4:
Oferecem também o País Basco. A malta mantém-se firme e não aceita.

Passo 5:

A Catalunha aproveita a confusão para pedir a independência. Cada vez mais desesperados, os espanhóis devolvem-nos, com muita pena, o “off-shore” da Madeira e a base das Lages e dão-nos, ainda, o País Basco e a Catalunha. A contrapartida é termos que aceitar de volta os políticos portugueses.
A malta arma-se em difícil mas aceita.

Passo 6:

Damos a independência ao País Basco, que já a merece há muito tempo. A contrapartida é eles ficarem com os políticos portugueses. A malta da Eta pensa que pode bem com eles e aceita sem hesitar. Sem políticos desta craveira, Portugal torna-se um paraíso e as relações com a Catalunha e a Galiza não causam problemas.

Passo 7:
Afinal a Eta não aguenta os políticos portugueses, e o País Basco pede para se tornar território português. A malta faz-se difícil mas aceita (apesar de estarem lá os portugueses).

Passo 8:
Fazemos um acordo com o Brasil. Eles enviam-nos o lixo e nós mandamos-lhes os nossos políticos. ( Esta é que eu não percebi: para mim, lixo é lixo ! …)

Passo 9:
O Brasil, desesperado com os seus polìticos, pede para voltar a ser colónia portuguesa. A malta aceita e manda os políticos dos dois países para os Farilhões das Berlengas ( ilhas ao largo da costa portuguesa que são, apropriadamente, uma reserva natural) apesar das gaivotas perderem as penas e as andorinhas do mar deixarem de pôr ovos.

Passo 10:
Com os jogadores brasileiros mais os portugueses, Portugal torna-se campeão do mundo de futebol!

Passo 11:
Os espanhóis ficam tão desmoralizados, que nem oferecem resistência quando os mandamos para Marrocos.

Passo 12
:
Unificamos finalmente a Península Ibérica sob a bandeira portuguesa.
( Uma excelente forma de virar o feitiço contra o feiticeiro ).

Passo 13:

A dimensão extraordinária adquirida que une a Península e o Brasil, torna-nos verdadeiros senhores do Atlântico. Colocamos portagens no mar, principalmente para os barcos americanos, que são sujeitos a uma sobretaxa tão elevada que nem o preço do petróleo os salva.

Passo 14:

Economicamente asfixiados eles tentam aterrorizar-nos com o Bin Laden, mas a malta ameaça enviar-lhes os nossos políticos e eles rendem-se incondicionalmente.

Está ultrapassada a crise!

( Adaptação de um mail que circula na internet de autor desconhecido mas com muito humor )


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

-" Televisão Lusófona "

Governos português e brasileiro querem criar canal de televisão lusófono

O canal será aberto às empresas de comunicação públicas dos países de língua portuguesa.

A criação de um canal de televisão lusófono para a difusão internacional de produtos audiovisuais em língua portuguesa é um dos objectivos dos governos português e brasileiro. O desenvolvimento deste projecto implica a criação de uma equipa de trabalho composta por membros da RTP e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que assinaram ontem um protocolo de cooperação.
A equipa é aberta às empresas de comunicação social públicas dos outros membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Tudo para valorizar a língua portuguesa, que é falada por 250 milhões de pessoas em todo o mundo, sublinhou o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão.
O canal será gerido em parceria entre os dois países. Para tal foi assinado ontem em Lisboa um acordo entre o gabinete do Ministro dos Assuntos Parlamentares português e a secretaria de Comunicação Social do Brasil.
Queremos criar um canal de televisão que marque de forma significativa o espaço da língua portuguesa entre as instituições de serviço público, em convergência de propósitos entre os dois governosâ, afirmou Jorge Lacão. Por tudo isto, o ministro dos Assuntos Parlamentares não hesita em afirmar que este pode ser um momento de elevado significado no desenvolvimento da cooperação entre Portugal e Brasil e também no incremento da cooperação mais alargada com o conjunto de países da CPLP.
A ideia para este canal surgiu há menos de dois meses num encontro entre o primeiro-ministro português e o presidente Lula da Silva. Agora, Guilherme Costa, presidente da RTP, acredita que o estudo de viabilidade estará concluído até ao final do ano. Para já, foram definidas metodologias que permitem à RTP estar mais presente no Brasil e vice-versa, disse Guilherme Costa. Um dos vários pontos em análise será o modelo de negócio e a forma de financiamento, ainda por definir.
Além do canal de televisão, o acordo assinado entre as duas operadoras de serviço público pretende promover o intercâmbio de programas e outras obras audiovisuais, a realização de coproduções, o apoio à produção de obras cinematográficas e audiovisuais, a formação profissional e o intercâmbio profissional e técnico, bem como o desenvolvimento de serviços conexos conjuntos, com especial destaque para a área da Internet.
O acordo assinado entre os dois governos prevê ainda a criação de condições para a melhoria dos serviços de rádio, televisão e serviços conexos prestados aos públicos do Brasil e de Portugal, e a todos os outros que falam a língua portuguesa.
A cooperação luso-brasileira passará também pela promoção de condições para uma ampla difusão dos respectivos canais internacionais em ambos os países.

(Fonte: Económico) 28 Julho 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

-" Paula Cruz "

Uma ilustre luso-tailandesa

Dando uma volta pelos meus arquivos, encontrei este curiosíssimo documento, da
autoria de José Martins, de Banguecoque, ao qual, pela sua originalidade, nem a grafia me atrevi a alterar :

" Graças a uma brochura editada pela Berli Jucker (nome que substitui a Jucker & Siggs & Cª) em 1982 e, durante as festividades dos 200 anos da existência de Banguecoqu, que mão amiga me fez chegar.
Durante mais de 20 anos dediquei parte da minha vida a investigar a história do passado de Portugal no Reino do Sião.
A história de Paula Cruz, assim como a da lusa-japonesa Maria Guiomar de Pina , apaixonam-me e merecem todo o meu cuidado em continuar a investigar as suas obras, dá-las a conhecer para que não se perca a história no correr do tempo.
Porém na “papelada” velha, dos arquivos da Embaixada de Portugal (infelizmente muito mal cuidada e preservada no século XIX e no XX) nunca encontrei, referênncia que fosse, no livro de Assentos de nascimentos, casamento e óbitos que me dessem conta de Paula Cruz.
Penso que todos os registos de nascimento, baptismo e casamento e até do óbito, foram efectuados na Paróquia do Bairro de Santa Cruz e já seguiram (não me restando dúvidas) para os arquivos do Vaticano, onde neles é missão impossível penetrar nesse santuário político e eclesiástico.
José Martins/Banguecoque 2006


" Uma ilustre luso-tailandesa no Reino do Sião "

Os avós de Paula Cruz, nasceram, no “Ban Portuguete” (Aldeia dos Portugueses), em Aiutaá. Seus pais e ela viram a luz do dia no portuguesíssimo, Bairro de Santa Cruz, em Thomburi; do lado oposto de Banguecoque e junto à margem esquerda do grande rio Chao Praiá.

(ler o texto completo em « http://rosadosventos2.blogspot.com » )


sábado, 24 de julho de 2010

-" Dinheiro para papel de embrulho "

Colaboração de: Ute Pferdehirt, Bonn (Alemanha)

A Decadência dos Ricos

No Mundo inteiro, morrem 11 crianças em cada minuto, vitimadas pela fome ! ... No entanto, os ricos e os super-ricos não param de encontrar meios para demonstrar a sua decadente qualidade de vida.
A loja de moda para ricos „Maus & Hoffman“, em Palm Beach - Florida, embrulha as caixas de sapatos e outros artigos já primosoramente embalados que os seus clientes compram, em verdadeiras notas de dólar ! . . . Para isso, a loja tem uma autorização especial do Banco Federal ! ? . . .
As notas em folhas ainda por cortar, são enviadas pelo próprio Banco em Washington e utilizadas pela loja para embrulhar as compras no valor de milhares de dólares que os seus clientes fazem.
„Clientes verdadeiros“ garantiram que, depois de desembrulharem as compras, mandam o papel de embrulho para o lixo.
É deste modo que, na época alta, saiem da loja, por semana, mais de 400 peças embrulhadas em notas de dólar ! . . .
É inacreditável !. . . É repugnante ! . . . Mas, infelizmente, é verdade e podem confirmá-lo vendo o vídeo que se segue.



Fonte: "gegen-hartz.de"

quarta-feira, 21 de julho de 2010

-" Carmen Miranda "

Patrimônio da Lusofonia
J. Jorge Peralta

Carmen Miranda, a Pequena Notável, que Portugal está revendo em grande exposição, em Lisboa, está sendo vítima de trapalhadas americanas.
Dela falamos em crônica, anterior:
Carmen Miranda no Panteão da Lusofonia
http://www.portaldalusofonia.com.br/carmemmirandapanteao.html
Como quase tudo que é brasileiro e português, os herdeiros dos direitos da imagem da célebre cantora e artista, e os seus amigos, não souberam divulgar o nome como merece, mantendo-a viva na alma do povo.
Herdeiros?! Artista deveria ser declarado Patrimônio Imaterial Nacional. A Nação deveria zelar por seu nome, sua imagem e sua divulgação.
Rui Castro escreveu a s melhor biografia, de Carmen Miranda, que, podia ser mais cuidada.
Assim mesmo valeu.
Agora um americano quer fazer um filme da artista. Boa ideia?! Talvez, desde que respeite a identidade da personagem.
Parece não ser o caso. A figura brasileira de Carmen Miranda, desde o título, está passando, por dançarina Cubana ou Mexicana, que fala espanhol, como diz Rui Castro.
Ao menos o roteiro do filme é uma afronta à Lusofonia. O nome previsto do filme é “Maracas” que tem pouco a ver com a artista.
Carmen Miranda, como bailarina Cubana ou Mexicana?! Nunca. Nada contra os Cubanos ou contra os Mexicanos. Apenas a cada um o que é seu. Carmen Miranda é nossa. É patrimônio da Lusofonia. É uma artista de primeira grandeza. Quem a conhece, sabe.

Infelizmente, os americanos não conhecem o Brasil e os Brasileiros. De América Latina só conhecem seus vizinhos mexicanos e cubanos.
A Lusofonia não chegou aos EUA. Lastimavelmente.
Carmen Miranda precisa ser lembrada, com sua identidade autêntica, falando português...
O cineasta pode fazer a artista a seu modo, desde que respeite o modo de ser dela mesma.
Que os herdeiros e guardiões do nome de Carmen Miranda e da sua imagem saibam exigir, do cineasta americano, respeito à história da artista e respeito à Lusofonia. Isto é essencial. Que saibam fazer reviver Carmen Miranda e já terão um grande mérito.
Se o americano quer fazer o que os empresários do ramo, no Brasil e em Portugal, não conseguem fazer: Um Grande Filme de Arte sobre Carmen Miranda, que seja bem-vindo o americano.
Mas que seja bem assessorado par anão falsear a identidade de nossa artista.
Carmen Miranda, há muitos anos, deveria estar nas telas, com todo o seu peso, valor e sedução.
É uma artista descomunal, para quem souber ver fundo, semioticamente o que ela representa em nosso espírito, em nossa alma e em nossa cultura.
Carmen Miranda é uma marca indelébel da brasilidade, naquilo que o brasileiro tem de melhor e de eterno, sem as banalidades que lhe atribuem.
Há outro projeto, no Brasil, para levar a história de Carmen Miranda às telas. Mas não prossegue. Compromissos devem ter prazos de validade...
Que façam quantos filmes quiserem, desde que sejam leais à artista, aos seus valores e à lusofonia, e tenham qualidade digna de se ver. Essa deveria ser a norma.



domingo, 18 de julho de 2010

-" Chover no molhado "

Quando se instalou, neste blogue, a polémica provocada pelas infelizes declarações “fabricadas” e atribuídas à pseudo-jornalista holandesa sobre o Brasil, eu pedi ao nosso amigo e colaborador Canojones para enriquecer, aquilo que eu pensava ser um debate, com o seu avalisado comentário.
Infelizmente, não me recordei dos debates inglórios que tenho tido sobre o tema que, temos de reconhecer, nunca foi pacífico. ( Em abono da verdade, deve-se dizer que o tema só não é pacífico quando uma das partes não quer basear os seus argumentos em factos reconhecidos e comprovados ).
Mas Canojones, um homem avisado, culto e inteligente, amante fervoroso do Brasil, onde tem passado uma boa parte da sua vida, veio acordar-me do sonho em que, de quando em vez, me deixo mergulhar.
Com o texto que se segue, pragmático, incisivo e apoiado em factos, Canojones vem pôr um primoroso ponto final na discussão.

“Tenho lido os artigos, mas decidi que "não dou mais para esse peditório".
Tenho-me chateado já com várias pessoas, inclusive algumas delas integrantes de grupos que vêm a Portugal, o último dos quais foi um de 23 brasileiros que estive a ciceronear durante 10 dias e que regressaram a Brasília no passado dia 2.
Apesar de eu ser um lutador pela divulgação da Verdadeira história do Brasil - que os brasileiros, na sua grande maioria desconhecem -, concluí que não vale a pena chover no molhado.
O que lá vigora é fruto do ensinamento assente em curriculuns escolares deliberadamente distorcidos e divulgados, até à exaustão, pelos meios de comunicação social brasileiros, na sua totalidade nas mãos de grandes fortunas e orientados por gente que pretende justificar que o atraso sistémico do Brasil é decorrente de ter sido Colónia portuguesa e não da verdadeira razão, isto é, que os detentores do poder efetivo atual são os descendentes e continuadores de quem recebeu os comandos do país após a independência, sistema esse que permanece inalterado até aos dias de hoje.
Quando ouço no Brasil alguém portador de apelidos tipicamente portugueses dizer que "fomos colonizados pelos portugueses ..." pergunto-lhe logo: "Você descende de índios?". Como a resposta é sempre "não, sou descendente de portugueses", eu acrescento: "então você é o continuador da colonização e não de colonizado, porque os seus ascendentes foram colonos". Ficam a olhar para mim com um sorriso amarelo, mas depois acabam por me dar razão, perante argumentos que não conseguem arranjar.
Em Fevereiro estive em Brasília. Fui ao Museu do Índio, entre outras visitas que fiz. À porta, a dar as boasvindas, estava um índio. Percebendo que eu era português, "disparou" logo: "vocês, portugueses, mataram muitos índios!" Então eu disse-lhe: "Você conhece muito mal a História do seu país. Você sabe que, durante a Guerra do Paraguai, que durou cerca de 5 anos e meio, o Império do Brasil matou mais índios do que em todos os séculos em que eles foram maltratados pelos jesuítas? Sabe que a língua guarani foi banida nessa altura, pois todo o índio que falasse guarani era imediatamente abatido, quer fosse brasileiro quer paraguaio?" Claro que ele nada disto sabia nem a maioria do povo brasileiro sabe. Aquele "cumprimento" que aquela pobre alma me deu logo à entrada foi o seu habitual bom-dia aos visitantes.


Portanto, meu caro, não perco mais tempo com essas coisas."


terça-feira, 13 de julho de 2010

-" Comentários ao texto «Pseudopotência»

Foram feitos vários comentários ao texto “Pseudopotência”, publicado ontem, por Júlio Teixeira, neste blogue, uns diretamente no blogue outros via “e-mail”. A natureza dos comentários obriga-me a prestar alguns esclarecimentos, visto ter chegado à conclusão que alguns leitores ignoram a filosofia que está subjacente à existência do blogue “Rosa-dos-Ventos”.

.1 – Os colaboradores credenciados e autorizados podem publicar o que quiserem, desde que respeitem as regras em vigor numa sociedade civilizada.
.2– Como administrador do blogue, não posso negar qualquer publicação, quer concorde com ela ou não, visto serem essas as regras estabelecidas.
.3 – Tendo eu vivido no Brasil e conhecendo-o, e ao seu povo, como conheço, e amando-o como amo, não admito que me tratem como estrangeiro quando expresso opiniões criticando o que acho que está errado e em defesa dos mais desfavorecidos.
.4 – Os brasileiros, principalmente os que nunca saíram do Brasil, teem uma noção errada do que “os portugueses e os do mundo antigo pensam do Brasil”. Os portugueses, na sua grande maioria, amam e admiram o Brasil. Os que não o fazem, agem motivados pelo comportamento dos brasileiros que, nos últimos anos, teem demandado Portugal.
.5– Num comentário houve alguém que disse: “mas não tratem do meu país ou do meu povo como se não tivessem valor algum.”
Neste blogue algumas vez isso foi feito ? Desafio quem quer que seja a prová-lo.
.6– Outro comentário diz que “ sei das mazelas mas são minhas”! … Suas ?!... E os outros brasileiros, os de nacionalidade e os de coração, não se podem expressar ? ! …
.7– Mais adiante diz: “Jamais você me verá escrevendo sobre mazelas portuguesas - porque não são minhas. Não as sinto.” Lamento imenso que assim seja, porque qualquer atuação teria muito mais força se fosse apoiada dos dois lados do Atlântico. Pode crer que os portugueses saberiam aceitar uma crítica que viesse dos seus irmãos brasileiros, até porque estes teem todo o direito que lhes é concedido pela história e pelo ADN..
8– Para finalizar, o autor do comentário diz o seguinte:“As relações entre o colonizado e o colonizador são complicadas não?” Não, eu não acho ! … Acho que há quem por desconhecimento as queira complicar, isso sim ! Mas acredito que apesar de todas as más-vontades e, principalmente, de toda a ignorância que rodeia as relações entre Portugal e o
Brasil, um dia os mitos hão-de ser abolidos e a verdade há-de vir ao de cima.


domingo, 11 de julho de 2010

-" Pseudopotência "

Esta é a face real do Brasil sem pó na cara nem falácias molusculares.


PSEUDOPOTÊNCIA

Luiz Eduardo Rocha Paiva
General-de-Brigada, professor emérito e ex-comandante da
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército;
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.


“Entre outros males, estar desarmado significa ser desprezível” (“o
Príncipe” – Maquiavel)

O desfecho da iniciativa diplomática brasileira no Oriente Médio demonstrou os limites do poder de um país cuja ação na cena internacional só é relevante nos temas da área econômica.
Essa limitação revela uma fraqueza que será ainda mais evidente quando entrarem em choque interesses nacionais e os dos países que efetivamente conduzem os destinos do mundo, em função da projeção desses últimos, seja em nosso entorno estratégico, seja diretamente sobre o nosso patrimônio.

Somos uma potência com pés de barro, cuja expressão mundial depende principalmente da exportação de commodities com baixo valor agregado, da prestação de serviços por algumas empresas e instituições e do atrativo mercado interno. Relevância econômica, mas não militar. Há um desequilíbrio interno fruto da indigência bélica; da debilidade nas áreas de educação, indústrias de valor estratégico, ciência, tecnologia e inovação; da crise de valores morais; e da falta de civismo. Desse quadro, emergem graves vulnerabilidades para enfrentar os conflitos que se avizinham.

O mundo ficou pequeno e a América do Sul (AS) é um dos principais palcos de projeção da China, a ser seguida da Índia e da Rússia. O Brasil terá sua liderança regional ameaçada não só por esses novos competidores, pois os EUA intensificarão a presença na AS, a fim de não perder espaços estratégicos para poderosos rivais arrivistas.
A China passa a ser diretamente interessada na exploração dos recursos da AS – agrícolas, minerais, hídricos, e outros – incluindo, logicamente, os da Amazônia. Será menos arriscado China, Rússia e Índia unirem-se aos EUA e UE para impor limites à soberania na Amazônia e em outras regiões, visando condições vantajosas no aproveitamento de seus recursos, do que entrarem em conflito entre si.
Atrás da projeção político-econômica virá a militar, inicialmente pela cooperação, evoluindo para dissuasão e, possivelmente, para o emprego direto quando os interesses se tornarem importantes ou vitais. O Brasil e os vizinhos são os atores mais fracos e é desse lado que a corda arrebenta.
A história é uma sábia mestra e a da China no século XIX, fatiada em sua soberania e patrimônio e vilipendiada pelas potências da época, mostra o que pode acontecer aqui, pois a China era, então, a nova fronteira como hoje é a AS. Os “impérios” de ontem são as mesmas potências de hoje, com algumas novas presenças como a da Índia.

A perda do Acre pela Bolívia em 1903 é um alerta ao Brasil por sua política irresponsável na Amazônia, pois as semelhanças entre o evento do passado e o presente amazônico são preocupantes, particularmente no tocante às terras indígenas (TI). A Bolívia no Acre, por dificuldade, e o Brasil na Amazônia, por omissão, exemplificam vazios de poder pela fraca presença do Estado e de população nacional em regiões ricas e cobiçadas. O Acre, vazio de bolivianos, era povoado por seringalistas e seringueiros brasileiros, respectivamente líderes e liderados, sem nenhuma ligação afetiva com a Bolívia.
No Brasil, ONGs internacionais lideram os indígenas e procuram conscientizá-los de serem povos e nações não brasileiras, no que contam com o apoio da comunidade mundial. Portanto, enquanto no século XIX uma crescente população brasileira estava segregada na Bolívia, hoje o mesmo acontece com a crescente população indígena do Brasil, ambas sob lideranças sem nenhum compromisso com os países hospedeiros e sim com atores externos. Ao delegarem autoridade e responsabilidades a ONGs ligadas a nações e atores alienígenas, os governos brasileiros autolimitaram sua soberania como fez a Bolívia ao arrendar o Acre ao Bolivian Syndicate.
Décadas de erros estratégicos enfraqueceram a soberania boliviana no Acre, direito não consumado, pois aqueles brasileiros revoltaram-se e o separaram da Bolívia, que aceitou vendê-lo ao Brasil.

A Amazônia brasileira nos pertence por direito, mas só a ocupação e integração farão a posse efetiva. Em poucas décadas, haverá grandes populações indígenas desnacionalizadas e segregadas, ocupando imensas terras e dispostas a requerer autonomia com base na Declaração de Direitos dos Povos Indígenas, aprovada na ONU com apoio do Brasil. Se não atendidas, evocarão a Resolução que instituiu, em 2005, a Responsabilidade de Proteger, nome novo do antigo Dever de Ingerência.
Hoje, há uma forte pressão para transformar TIs em territórios administrados por índios, inclusive com polícia indígena, iniciativa que reúne atores externos e internos, estes uma quinta coluna cuja atuação atende a objetivos alienígenas. Um sem-número de TIs, com maior autonomia que os estados da Federação, comprometerão a governabilidade e a integridade territorial num país que, muitos não percebem, ainda está em formação, pois não foi totalmente integrado.

Não é que a história se repita, mas situações semelhantes em momentos distintos costumam ter desfechos parecidos, para o bem ou para o mal, se as decisões estratégicas adotadas forem similares. Do militar e do diplomata espera-se percepção estratégica capaz de identificar possíveis ameaças, embora longínquas no tempo, antes que se tornem prováveis, pois aí será tarde demais. Cabe a eles, também, a coragem de assessorar o Estado com franqueza, defendendo o interesse nacional mesmo com o risco de afrontar políticas imediatistas de governos de ocasião, que comprometam interesses vitais da Nação. Política exterior é diplomacia e defesa, e nenhuma das duas se improvisa.

No início dos anos 1990, quem alertou para a ameaça à soberania, quando a criação da reserva ianomâmi iniciou o processo de balcanização da Amazônia, foi considerado um visionário. Governos sem visão prospectiva e aptidão para avaliar riscos desprezaram a ameaça e fizeram o jogo das grandes potências, aceitando imposições que vêm criando paulatinamente, por meio de uma exitosa estratégia de ações sucessivas, as condições objetivas para a perda de soberania. Por importantes que sejam outras ameaças internacionais, esta é a mais grave. O resultado será desonroso para o país se sua liderança continuar adotando decisões utópico-internacionalistas-entreguistas, calcadas num discurso politicamente correto, mas moralmente covarde, pois não confessa que se troca soberania por interesses imediatistas ou ideológicos apátridas, camuflados sob bandeiras como a defesa dos direitos de minorias e a preservação do meio ambiente.

Assim, não se trata apenas de fraqueza militar, mas também da ausência de lideranças competentes e de estadistas que tracem políticas e estratégias capazes de limitar ou neutralizar vulnerabilidades. Ao contrário, vêm tomando decisões desastrosas, cujo resultado será a contestação e limitação de nossa soberania na Amazônia, pela via indireta, que dispensará ou reduzirá significativamente a necessidade de emprego do poder militar. Eis o resultado de não ocupar, não povoar, não desenvolver, não defender e não preservar a Amazônia, bem como de segregar ao invés de integrar o indígena aos seus irmãos brasileiros.

É lamentável a sociedade esclarecida, seus representantes e lideranças, em setores decisórios do Estado e em muitas de suas instituições, aceitarem passivamente ou reagirem timidamente à mutilação do país, avalizada por sucessivos governos. Convém ressaltar que esse cenário foi construído, desde o início dos anos 1990, a partir da ascensão ao poder da esquerda, cujos discursos demagógicos e ilusórios de defesa dos bens materiais da Nação, do meio ambiente e dos direitos humanos, de revisão da história e de mudança de valores escondem o propósito real de viabilizar a estratégia gramcista de tomada do poder, pela desagregação da sociedade nacional e o esfacelamento do Estado. É uma esquerda pseudonacionalista – internacionalista de fato – e pseudopatriota – populista de fato, que despreza a história, os feitos, as tradições e os verdadeiros heróis nacionais. Não ama a Nação, mas sim sua ideologia, e não tem uma Pátria, mas sim um partido.

Para merecer e manter um patrimônio imensamente rico como o brasileiro, onde se inclui a nossa Amazônia, é preciso não um pseudonacionalismo de bravatas, demagógico e xenófobo, mas um patriotismo real e sincero, respaldado numa vontade nacional firme, altiva e corajosa para assumir os riscos dos conflitos que virão e, ainda, lideranças legítimas, confiáveis e efetivamente comprometidas com a Nação. Sem tais atributos, países, ainda que sejam fortes e ricos, não passam de pseudopotências.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

-" O Brasil é um ótimo país "

Comentários de uma holandesa sobre o Brasil

Circula na internet um texto com o título acima mencionado que foi publicado no blogue CMI Brasil. O texto é, manifestamente, tendencioso, roçando o fanatismo e um nacionalismo quase infantil, que logo mereceu, da parte de alguns brasileiros mais esclarecidos, comentários desfavoráveis ( como se pode ver mais adiante ).
Além disso, demonstra uma enorme ignorância sobre o que é a Europa. Ao seu autor deveria ser ensinado que a Europa não é só a Holanda de costumes duvidosos e a Inglaterra que come peixe embrulhado em papel de jornal, mas que existem outros países, com outros costumes !
Existe, por exemplo, Portugal, onde nada do que se afirma no texto se aplica.
Senão, vejamos ! . . .
Quanto ao facto de na Holanda os resultados das eleições demorarem “horrores” e de haver uma única operadora de telefones, pode-se contrapor que, em Portugal, o processo eleitoral está todo informatizado sendo os resultados divulgados 4 a 5 horas depois do encerramento das urnas e que existem várias operadoras de redes de comunicações, tanto fixas como móveis.
Outra afirmação disparatada é a de que nos EUA e na Europa ninguém tem o hábito de enrolar a sanduíche em um guardanapo ou de lavar as mãos antes de comer.
Em Portugal, se se pega na sanduíche sem guardanapo é porque se tem as mãos limpas, porque existe o hábito de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, pegam no pão com a mão embrulhada num saco de plástico e a carne não é para comer crua.
“Se pedir mesa de não-fumante, o garçom se ri na sua cara porque não existe” : outra afirmação digna de dó porque, em Portugal, é proibido fumar em locais públicos, a não ser que tenham instalação adequada para fumadores.

Como se pode ver, o autor não foi feliz nas intrujices que quis inpingir aos seus leitores, mas conseguiu ultrapassar a sua ignorância com a estupidez e tacanhice da seguinte afirmação:
“Vocês têm uma língua que apesar de não se parecer nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto as empresas de software lhe chamam português do Brasil, porque não conseguem se comunicar com os usuários brasileiros através da língua portuguesa”

Que é que ele pretende com isto ? Disfarçar a sua ignorância num falso nacionalismo ?
É verdade que muitos fabricantes fazem isso, não porque o desejem mas porque nacionalismos serôdios e ignorantes o impõem, sem se aperceberem do ridículo da situação. E ele é tal, que a minha impressora em “português do Brasil” diz-me que “a impressão começou” e em “português de Portugal” diz-me que “a impressão foi iniciada”. Bonito, não é ? ! . . . Infelizmente há quem não tenha noção do ridículo ! …

Mas, como disse acima, já houve mais quem criticasse. Dos comentários no blogue CMI Brasil destaco os que seguem:

Falsa holandesa, falsos dados, falso nacionalismo
Kodai 15/03/2005 19:18
jakmatador@yahoo.com.br
Esse texto não assinado, fornece dados muito vagos...
"uma holandesa"...Que holandesa? Quando? Onde podemos verificar esse depoiemnto? O que ela entende de Brasil pra falar?

Antropos Consulting? Quem ouviu falar disso?
97% das crianças em escolas? Não vemos isso nos sinais..Além do mais escolas sem reprovação que dão diploma na oitava série para semi-analfabetos.

E muitas outras besteiras do texto pseudo-nacionalista, de quem acha que amar o Brasil é tapar o sol com a peneira e fazer ufanismos, como fazia a ditadura militar e suas musiquinhas de Dom e Ravel.

"Eu te amo meu Brasil..."

A falsidade do texto é fácil se verificar pesquisando no google, que se trata apenas de mais um SPAM. Tanto que existem versões diferentes do texto.

Estas questões demonstram as assimetrias existentes no espaço da Lusofonia. Para as eliminar foi criada a CPLP que é a grande responsável por elas ainda existirem.
Para terminar um pensamento que me parece bem adequado a este caso :
" Quem não sabe o que é, não é ninguém ! ..."





domingo, 4 de julho de 2010

-" Teste de português "

Um interessante e educativo teste composto por 45 frases.

http://www.anossaescola.com/tarouca/recursos/Escolhamultipla2.htm

Cuidado, porque com menos de 80% aconselham que se volte para a escolinha ! ...


sexta-feira, 2 de julho de 2010

-" Telefonica versus PT "

A HISTÓRIA REPETE-SE

Portugal está, novamente, em “pé-de-guerra”, para se defender dos ataques que os espanhóis lhe estão a mover no Brasil.
A “guerra” que a empresa espanhola Telefonica está a mover à portuguesa PT pelo controle da brasileira “Vivo”, não surpreende quem conhece os espanhóis. Quando a PT se aliou à Telefónica para criar uma rede móvel no Brasil, logo ficou patente que tal casamento não iria durar muito.
Enquanto a tecnologia da PT foi útil para a Telefónica se instalar no mercado de redes móveis no Brasil, tudo correu muito bem. Depois da Vivo instalada, a Telefónica lembrou-se de que seria interessante juntar à sua rede fixa brasileira uma rede móvel. Então, à boa maneira espanhola, há que tratar de espetar o punhal nas costas do parceiro: lança-se uma OPA hostil e oferece-se aos acionista uma montanha de Euros.
Só que os espanhóis esqueceram-se de que não é só o adúltero capital que conta e o punhal encontrou um osso no seu caminho.
A Telefónica sabia que para comprar os acionista bastaria encontrar o valor correto e acreditava que o Governo português não iria invocar a “golden share”por ser uma medida reprovada por Bruxelas. Porém, esqueceu-se de que os portugueses, que ao longo dos séculos sempre souberam encontrar maneira de frenar a gula espanhola, desta vez também o poderiam fazer.
Foi o que aconteceu, mas não apelando à “golden share” mas sim ao Código Comercial Português que, segundo a opinião de larga maioria, a EU não pode contestar.

À margem desta polémica (ou talvez não), o Presidente Lula afirmou, há dias, com brilhante clarividência, e conforme seria de esperar dum responsável e honesto membro da CPLP, que o Brasil gostaria de ver ampliada a contribuição dos portugueses no desenvolvimento das telecomunicações móveis no Brasil.
Para um observador atento, esta afirmação do presidente Lula só pode representar um aceno no sentido da PT se aliar à OI, de capital, maioritariamente, brasileiro, o que seria a solução ideal, tanto para Portugal como para o Brasil.

Esperemos que o pecado da gula seja castigado e que os esforços que brasileiros e portugueses sempre desenvolveram para manter as suas coisas em família sejam premiados.


quarta-feira, 30 de junho de 2010

- "VPV versus Saramago"

O texto publicado abaixo só serve para confirmar várias coisas:
- que o autor de “Achtung Baby”(ver texto publicado neste blogue em 27 do corrente) sabia
muito bem o que queria denunciar;
- que a instrução não é diretamente proporcional à inteligência;
- que um indivíduo instruído não é, obrigatoriamente, inteligente (veja-se a verborreia de PVP)
- que um indivíduo sem instrução pode ser inteligente (veja-se a obra de Saramago).

Do referido texto, por entre tantas pérolas, ainda podemos retirar um silogismo, resquício da brilhante instrução de que o autor beneficiou, que é o seguinte:
- “Saramago está entre as pessoas que nenhum indivíduo inteligente ouve”;
- “Saramago vendeu milhões de livros”;
- logo, quem comprou os livros de Saramago não é inteligente ! …

Coitada da Comunicação Social portuguesa !


"Saramago - texto de Vasco Pulido Valente

O problema com o furor que provocaram os comentários de Saramago sobre a Bíblia (mais precisamente sobre o Antigo Testamento) é que não devia ter existido furor algum. Saramago não disse mais do que se dizia nas folhas anticlericais do século XIX ou nas tabernas republicanas no tempo de Afonso Costa. São ideias de trolha ou de tipógrafo semianalfabeto, zangado com os padres por razões de política e de inveja. Já não vêm a propósito. Claro que Saramago tem 80 e tal anos ,coisa que não costuma acompanhar uma cabeça clara, e que, ainda por cima, não estudou o que devia estudar, muito provavelmente contra a vontade dele. Mas, se há desculpa para Saramago, não há desculpa para o país, que se resolveu escandalizar inutilmente com meia dúzia de patetices.
Claro que Saramago ganhou o Prémio Nobel, como vários "camaradas" que não valiam nada, e vendeu milhões de livros, como muita gente acéfala e feliz que não sabia, ou sabe, distinguir a mão esquerda da mão direita. E claro que o saloiice portuguesa delirou com a façanha. Só que daí não se segue que seja obrigatório levar a criatura a sério. Não assiste a Saramago a mais remota autoridade para dar a sua opinião sobre a Bíblia ou sobre qualquer outro assunto, excepto sobre os produtos que ele fabrica, à maneira latino-americana, de acordo com o tradição epigonal indígena. Depois do que fez no PREC, Saramago está mesmo entre as pessoas que nenhum indivíduo inteligente em princípio ouve.
O regime de liberdade, aliás relativa, em que vivemos permite ao primeiro transeunte evacuar o espírito de toda a espécie de tralha. É um privilégio que devemos intransigentemente defender. O Estado autoriza Saramago a contribuir para o dislate nacional, mas não encomendou a ninguém? principalmente a dignitários da Igreja como o bispo do Porto - a tarefa de honrar o dislate com a sua preocupação e a sua crítica. Nem por caridade cristã. D. Manuel Clemente conhece com certeza a dificuldade de explicar a mediocridade a um medíocre e a impossibilidade prática de suprir, sobre o tarde, certos dotes de nascença e de educação. O que, finalmente, espanta neste ridículo episódio não é Saramago, de quem - suponho - não se esperava melhor. É a extraordinária importância que lhe deram criaturas com bom senso e a escolaridade obrigatória."

domingo, 27 de junho de 2010

-" Vasco Pulido Valente na blogosfera "

Encontrei no blogue "Achtung Baby ", publicado em Janeiro de 2006, o excelente trabalho que, com a maior satisfação, passo a divulgar.

"A chegada de Vasco Pulido Valente à blogosfera portuguesa.

18:00 - A agitação começou quando foi anunciado que, nesta segunda-feira, Vasco Pulido Valente, historiador e pessimista profissional, iria começar a escrever na blogosfera. Os populares sairam à rua em expectativa e alguma euforia.

18:21 - A maior concentração verificou-se junto ao Instituto Superior Técnico de Lisboa, por causa do rumor que seria num dos supercomputadores do IST que Vasco Pulido Valente escreveria o seu primeiro post.

18:25 - No Brasil, a agitação também era grande. Foram instalados ecrãs gigantes nas praias do Rio, para que se pudesse acompanhar em directo o momento do primeiro post. Na foto em baixo, o blogueiro Alexandre Soares Silva lança-se ao areal, na tentativa de arranjar um local para instalar o laptop.


18:35 - À medida que a realidade de um primeiro post de Vasco Pulido Valente se torna iminente, os portugueses que saíram mais tarde do trabalho correm para casa. A confusão nas ruas leva alguns a recorrer aos lares dos amigos próximos, já que se torna impossível o regresso atempado a casa. Na foto de baixo, dois membros do Aspirina B ajudam um companheiro a não perder o grande momento.


18:50 - O relógio marcava a hora oficial prevista para o primeiro post de Vasco Pulido Valente. Mas, no ecrã, o inesperado:


INTERNAL SERVER ERROR


18:52 - O país teme o pior.


18:55 - Vasco Pulido Valente não desiste.
Três pequenas linhas para um homem - um texto gigante para a blogosfera.
Nascia uma lenda blogosférica, nascia: «vpv».

18:56 - Esquerdistas, conservadores, liberais, grandes masturbadores; o entusiasmo é geral. Nunca um pessimista trouxe tanta alegria - a blogosfera portuguesa vai ao delírio


19:05 - Em apenas dez minutos mais dois posts. No Contra-a-Corrente, Acidental, Arte da Fuga e Glória Fácil, chora-se de emoção frente ao ecrã do computador.

Uma emoção sentida em comunhão por todos nós. Uma emoção que marca para sempre esta segunda-feira - o dia em que todos os bloggers foram 'vpv'.

O dia em que a blogosfera voltou a acreditar."


terça-feira, 22 de junho de 2010

-" Saramago "

Um Lutador ou um Provocador
J. Jorge Peralta

“Defendeste a pátria? Cumpriste o teu dever.
A Pátria foi ingrata?! Fez o que costuma fazer.”
(P. Antônio Vieira)

1. Um Homem Paradoxal
O aguilhão de Saramago talvez nos faça falta. Poderemos não concordar com ele, em algumas de suas diatribes polêmicas, no entanto, não podemos negar sua coerência de homem livre. Por outro lado, ele carregou consigo um grande mérito: Suas posições políticas, como cidadão, não interferiram em sua obra: não fez literatura partidária.
Politicamente, no entanto, teve atitudes, para muitos, abomináveis. Ninguém é perfeito... Até dos seus erros podemos tirar ensinamento.
Saramago com sua vida e obra, com seus defeitos e virtudes, estará no Panteão da Lusofonia, quer queiramos quer não.
No Panteão da Lusofonia não cabem ódios nem rancores. Saramago não colocou ódios ou rancores na sua obra. O tempo o absolverá de seus erros políticos. Restará sua obra. Esta o elevará.
Acredito que está na hora de Portugal redescobrir Saramago, sem preconceitos, como um de seus filhos amados, apesar dos pesares.
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( Ler o texto completo em «http://rosadosventos2.blogspot.com/ »

domingo, 20 de junho de 2010

-" José Saramago aos 86 anos "

Dizem-me que as entrevistas valeram a pena. Eu, como de costume, duvido, talvez porque já esteja cansado de me ouvir. O que para outros ainda lhes poderá parecer novidade, tornou-se para mim, com o decorrer do tempo, em caldo requentado. Ou pior, amarga-me a boca a certeza de que umas quantas coisas sensatas que tenha dito durante a vida não terão, no fim de contas, nenhuma importância. E porque haveriam de tê-la? Que significado terá o zumbido das abelhas no interior da colmeia? Serve-lhes para se comunicarem umas com as outras? Ou é um simples efeito da natureza, a mera consequência de estar vivo, sem prévia consciência nem intenção, como uma macieira dá maçãs sem ter que preocupar-se se alguém virá ou não comê-las? E nós? Falamos pela mesma razão que transpiramos? Apenas porque sim? O suor evapora-se, lava-se, desaparece, mais tarde ou mais cedo chegará às nuvens. E as palavras? Aonde vão? Quantas permanecem? Por quanto tempo? E, finalmente, para quê? São perguntas ociosas, bem o sei, próprias de quem cumpre 86 anos. Ou talvez não tão ociosas assim se penso que meu avô Jerónimo, nas suas últimas horas, se foi despedir das árvores que havia plantado, abraçando-as e chorando porque sabia que não voltaria a vê-las. A lição é boa. Abraço-me pois às palavras que escrevi, desejo-lhes longa vida e recomeço a escrita no ponto em que tinha parado. Não há outra resposta.

( Texto enviado por Bárbara Lima (Brasil)


sábado, 19 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

-" A redenção de António Barreto "

Fiquei agradavelmente surpreendido ao ler o artigo de António Barreto que a seguir transcrevo. É com satisfação que verifico que a posição pouco esclarecida e irresponsavel que ele, durante anos, teve em relação à descolonização, está agora a passar por um processo de esclarecimento e de redenção. Só que eu acredito muito pouco em coincidências e não posso deixar de considerar estranho que só agora António Barreto tenha tido conhecimento do livro ( editado em 2007 ) a que se refere e, coisa curiosa, só em Abril deste ano se lembrou de reclamar o julgamento de Rosa Coutinho e quejandos. Infelizmente, o "almirante vermelho" já não pode ser julgado na Terra e espero que as penas do inferno nunca lhe sejam leves.
Mas, António Barreto pode ainda fazer muito por esta causa ! ... Pode, por exemplo, reforçar tudo o que afirmou no seu discurso no Dia de Portugal ! ...
É que, entre os vivos, ainda há muitos responsáveis pela criminosa descolonização ! ...
O livro que Leonor Figueiredo escreveu com o título de "Ficheiros Secretos da Descolonização de Angola", revela mais alguns nomes de responsáveis que duvido que António Barreto desconheça. Só espero que, neste caso, não demore, também, três anos até ter conhecimento do livro.






Portugal País de homens sem HONRA e sem Vergonha que nunca julgou Rosa Coutinho e outros seus iguais.

domingo, 13 de Abril de 2008
"Angola é nossa !"

Holocausto em Angola' não é um livro de história. É um testemunho. O seu autor viu tudo, soube de tudo.
Só hoje me chegou às mãos um livro editado em 2007, Holocausto em Angola, da autoria de Américo Cardoso Botelho (Edições Vega). O subtítulo diz: 'Memórias de entre o cárcere e o cemitério'. O livro é surpreendente. Chocante. Para mim, foi.. E creio que o será para toda a gente, mesmo os que 'já sabiam'. Só o não será para os que sempre souberam tudo. O autor foi funcionário da Diamang, tendo chegado a Angola a 9 de Novembro de 1975, dois dias antes da proclamação da independência pelo MPLA. Passou três anos na cadeia, entre 1977 e 1980. Nunca foi julgado ou condenado. Aproveitou o papel dos maços de tabaco para tomar notas e escrever as memórias, que agora edita. Não é um livro de história, nem de análise política. É um testemunho. Ele viu tudo, soube de tudo. O que ali se lê é repugnante. Os assassínios, as prisões e a tortura que se praticaram até à independência, com a conivência, a cumplicidade, a ajuda e o incitamento das autoridades portuguesas. E os massacres, as torturas, as execuções e os assassinatos que se cometeram após a independência e que antecederam a guerra civil que viria a durar mais de vinte anos, fazendo centenas de milhares de mortos. O livro, de extensas 600 páginas, não pode ser resumido. Mas sobre ele algo se pode dizer.
O horror em Angola começou ainda durante a presença portuguesa. Em 1975, meses antes da independência, já se faziam 'julgamentos populares', perante a passividade das autoridades. Num caso relatado pelo autor, eram milhares os espectadores reunidos num estádio de futebol. Sete pessoas foram acusadas de crimes e traições, sumariamente julgadas, condenadas e executadas a tiro diante de toda a gente. As forças militares portuguesas e os serviços de ordem e segurança estavam ausentes. Ou presentes como espectadores.

A impotência ou a passividade cúmplice são uma coisa. A acção deliberada, outra. O que fizeram as autoridades portuguesas durante a transição foi crime de traição e crime contra a humanidade. O livro revela os actos do Alto-Comissário Almirante Rosa Coutinho, o modo como serviu o MPLA, tudo fez para derrotar os outros movimentos e se aliou explicitamente ao PCP, à União Soviética e a Cuba. Terá sido mesmo um dos autores dos planos de intervenção, em Angola, de dezenas de milhares de militares cubanos e de quantidades imensas de armamento soviético. O livro publica, em fac simile, uma carta do Alto-Comissário (em papel timbrado do antigo gabinete do Governador-geral) dirigida, em Dezembro de 1974, ao então Presidente do MPLA, Agostinho Neto, futuro presidente da República.
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(Ler o artigo completo e a carta do Alto-Comissário em Rosa-dos-Ventos Editor
«
http://rosadosventos2.blogspot.com » )


quinta-feira, 10 de junho de 2010

-" O Palácio de D. Ana Joaquina, em Luanda "

No ano passado, informaram-me que o Palácio de D. Ana Joaquina tinha sido demolido, o que, para mim, foi uma triste notícia, pois o edifício era dos mais emblemáticos de Luanda. Felizmente, recebi há dias o desmentido e a confirmação de que o Palácio continua de pé, depois de dura batalha que, para bem de Angola, foi ganha por entidades conscientes do valor histórico do espólio arquitetóneo de Luanda.

Anterior a 1755, esta majestosa residência da rua Direita, bem característica do barroco colonial português, foi propriedade de D. Ana Joaquina dos Santos Silva. Essa opulenta mestiça que viveu até quase aos cem anos e se finou numa viagem a Portugal, nos finais do séc. XIX, talvez tenha herdado o sobrado de seus pais.
Certo é que detinha um imenso poderio económico e grande peso político. Era proprietária de um chorudo negócio de escravos, duma verdadeira frota de navios e senhora de um império agrícola. Gozava de notória influência política junto de variadas tribos do interior, influência essa que se estendia até à Lunda, para Leste, e até ao Bailundo e Namibe, para Sul. A ela recorreram, várias vezes, os Governadores-Gerais para servir de medianeira em conflitos com potentados do sertão.
Um viajante italiano da época, Tito Omborri, refere-se-lhe assim na sua obra “ Viaggi nell’Africa Ocidentale “: -“ o seu poder apoia-se nos sobas mais poderosos e na vassalagem de todas as populações que a chamam de sua raínha, porque conhece as diferentes línguas e detém em sua casa o empóreo do seu comércio … é obedecida pelas tribos mais longínquas; ninguém ousa contrariar a sua vontade e o próprio Governo de Luanda acha-se sem força para a defrontar…”.
No interior chamavam-lhe “ Dembo Ulála “ e em Luanda era conhecida pela Baronesa do Bungo, já que a sua grande casa se situava no bairro do mesmo nome, que se estendia até á actual Estação do Caminho de Ferro.
O Palácio de D. Ana Joaquina é e terá sido a maior das “Casas-Grandes” de Luanda. O edifício, no seu conjunto, terá resultado da construção de uma nova ala entre as outras duas contíguas e já existentes anteriormente, sendo a mais antiga a do lado SW. Teve na sua frente um vasto terraço, que foi sacrificado cerca de 1950, pela necessidade de alargar a rua Direita. Correm lendas de subterrâneos que ligavam o casarão à praia, por onde sairiam, após a lei da abolição, os escravos que D.Ana Joaquina continuava a negociar clandestinamente.
Apesar de necessitado de urgente restauro, o edifício mantém a sua traça original, com excepção das balaustradas das sacadas, que já não são as de madeira, do séc. XVIII, mas as colocadas no séc.XIX, em ferro.

Texto compilado a partir da obra “Luanda de outros tempos” de José Almeida Santos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

- "O Mundo sem engenheiros"

Sem engenheiros eletrotécnicos
Sem engenheiros mecânicos
Sem engenheiros civis
Sem engenheiros de telecomunicações
Sem engenheiros informáticos
Sem engenheiros aeronáuticos
Simplesmente sem engenheiros

Ahhh ... que sossegoooo ! ! ! !


Enviado pelo nosso prezado amigo "frlima"

segunda-feira, 17 de maio de 2010

-" O amor em teu peito se petrificou "



O amor em teu peito se petrificou
não olha para trás
não se desfaz
mas não pulsa mais

não dizes mais certas palavrinhas
que eram os nossos mimos
não me chegam aos olhos
nada do que vai em teu pensamento

ainda falo de mim
e percebo que não te interessas
pareço um disco arranhado
no toca-discos em que
baixaste o volume

o amor deixou meu peito em carne viva
nossas carnes febris
que ficaram para trás
não se desfaz
e ainda pulsa.


∂є srtα α∂riαηα costα

domingo, 16 de maio de 2010

-" Devaneios de Sofia "

"Descia a rua elegantemente trajada, aquela bela mulher, de aproximadamente quarenta anos de idade. Cabelo negro, brilhante bem sedoso solto até a altura dos ombros, seguia de cabeça altiva, levantada; de olhar castanho e sossegado, muito segura de si olhava à distância o caminho largo, na medida e tamanho de sua extensão mental.
Quão bela, era aquela figura humana! "

Este é o início de um excelente texto de autoria de Júlio Lima, cuja leitura aconselhamos, que está publicado no seu blogue
"Cavaleiro Solitário" «http://julio-cavaleiro.blogspot.com/»


sábado, 15 de maio de 2010

-" A professora que posou nua para a Playboy "





Docente de 25 anos de Mirandela que apareceu nua numa produção da revista Playboy já não volta à escola.
Mas pode vir a desempenhar outras funções, tendo sido colocada, temporariamente ao serviço do arquivo da câmara municipal da cidade.
Porém, o presidente da autarquia admitiu que esta poderá ainda vir a desempenhar "outras funções" na autarquia. "É um caso a analisar", disse, acrescentando: "As pessoas não podem ser discriminadas pelas suas opções."
O afastamento foi decidido ontem à tarde, numa reunião entre representantes da autarquia, Ministério da Educação, pais e a direcção do agrupamento de escolas de Torre de Dona Chama - onde a professora de 25 anos coordenava as actividades de enriquecimento curricular (AEC) do 1.º ciclo do básico.
As reacções são várias e muito interessantes
Entre os encarregados de educação, as reacções a este caso variaram da indignação à tolerância.
A avó de um aluno que frequentava as AEC orientadas por esta docente não hesitou em considerar "uma vergonha pessoas que se despem nas revistas estarem a dar aulas".
Já a mãe de uma rapariga da mesma turma mostrou-se mais compreensiva. "Cada um é livre de fazer o que lhe apetece", defendeu. "Não vi nem quero ver [a revista], mas não estou chocada", disse.
"Estranhei o meu filho ter-me pedido dinheiro para comprar uma revista onde vinha a professora", contou ao DN outra mãe. "Quando percebi qual era a revista deu-me vontade de rir", acrescentou, confessando "não conseguir criticar" a docente.
A edição de Maio da Playboy, na qual a educadora de 25 anos ocupa uma produção de oito páginas, interagindo com outra modelo num cenário de salão de cabeleireiro, está esgotada há várias semanas em Mirandela.
Escusado será dizer que em Golfeiras, a pacata localidade transmontana onde esta vive, este é o tema de conversa do momento.
Para João Dias da Silva, presidente da Federação Nacional da Educação (FNE), o que a professora faz "em termos pessoas" não tem "nada a ver com a qualidade do seu desempenho profissional".
O Ministério da Educação informou que "acompanha sempre as questões que envolvem alunos", mas que a questão está a ser "devidamente gerida pela autarquia" à qual a docente está vinculada.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

-" Semana da CPLP "

Está a decorrer em Lisboa, desde o dia 30 de Abril até ao dia 9 deste mês, a semana da CPLP.













Abertura oficial Semana Cultural 2010 no Palácio Foz. Modelos vestem trajes de todos os Estados-membros da CPLP.


quarta-feira, 5 de maio de 2010

-" MAIO DAS NOIVAS ..."

De que material são feitas as noivas ? ....
















As noivas são boas de se ver - não há quem não goste.
E a postagem é dedicada a elas - noivas - que apostam a vida sob conclusões suficientes baseadas em premissas insuficientes. Isto é de coragem ou loucura ou as duas coisas.
Esquisitas as fotos_ mas resolvi colocar eu quando noiva na foto inferior, prá não ficarem achando que nunca experimentei o casamento ou algo que o valha.
Sim, por muito tempo e por isso dedico as noivas e mulheres casadas esta postagem.

-Abra bem os olhos antes de casar, mantenha-os semicerrados depois ( Benjamin Franklin)

- O casamento feliz é uma penitenciária de cinco estrelas ( Hélio Pellegrino )

- O pior casamento é o que dá certo ( Millor Fernandes)

-Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O diabo invejoso fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento. ( Machado de Assis ).

Como tais frases foram ditas por homens , fica a pergunta:

De que material são feitas as noivas
? . . .

Publicado por Bárbara Novaes Lima, no seu blogue
«http://lesadosemgeral.blogspot.com/ »

domingo, 2 de maio de 2010

-" O Abuso Sexual "

NOS MEANDROS DO SEXO - SOCIEDADE SEXISTA MELINDRADA

Segundo a revista Psychologie Heute, de Março 2010, “na Alemanha anualmente há, aproximadamente, pelo menos 300 a 600 casos de contactos sexuais entre psicoterapeutas e pacientes”. Por muito que isto seja lamentável devido à relação de dependência do paciente para com o terapeuta, não é legítimo estigmatizar os psiquiatras e psicólogos, como a imprensa tenta fazer com os padres. A Universidade de Colónia investigou 77 vítimas de terapeutas verificando que 86% das vítimas eram femininas. Das 77 vítimas 30% já tinham sido vítimas de abusos sexuais na infância. 71% dos terapeutas eram homens com uma idade média de 47 anos. Na Alemanha, segundo a lei, terapeutas que tenham relações sexuais com pacientes tornam-se puníveis. O abuso sexual está na ordem do dia na nossa sociedade.
O abuso sexual de menores nas famílias, independentemente da Pedagogia Reformista, alcança percentagens impensáveis. O sofrimento das vítimas prolonga-se, geralmente, por toda a vida. A libertação sexual e a luta contra os tabus sexuais não deve criar e alimentar o tabu do sofrimento e a escravidão sexual que graça como praga social. Os crimes de alguns padres poderá ter a vantagem de alertar a sociedade a não desviar o olhar e não se tornar cúmplice com o que acontece nas famílias, nas escolas, nas prisões e na justiça. A maioria do abuso de menores dá-se no seio familiar.
É verdade que também na Igreja as vítimas foram ignoradas. A Igreja perdeu de vista as pessoas, ao calar-se e ao desviar o olhar dos abusos. O amor e a confissão não podem levar ao esquecimento das vítimas. Não se justifica porém a campanha intensiva dos Media durante semanas contra a Igreja.
Também nas escolas públicas estatais cada vez mais se tornam públicos casos de abuso de crianças por parte de professores. Associações de Pais e de Educadores na Alemanha exigem a criação de Hotline para o caso de abuso sexual nas escolas, para que crianças vítimas se possam manifestar sob anonimato. Continua discutível se a Hotline será domiciliada no Ministério da Educação ou numa repartição de aconselhamento independente.
Uma disputa séria chama a atenção para a necessidade de se centrar a discussão na situação pessoal da criança. Segundo a Comissão europeia, pelo menos 10 a 20% das crianças menores de 14 anos sofreram de abusos sexuais. Bruxelas quer agravar sanções contra a pedofilia nos estados membros.
Para se ter uma ideia da campanha tendenciosa contra a Igreja e a instrumentalização ideológica dos casos de pedofilia na Igreja, basta referir as estatísticas da USA onde em 42 anos 958 padres católicos e pastores protestantes foram acusados de abuso sexual de menores, tendo sido 54 condenados.
O que é de admirar é o facto de serem referidos mais casos de pedofilia entre pastores do que entre padres. Também, contrariamente ao resultado de investigações científicas, se procura estabelecer uma conexão causal entre celibato e abuso de crianças.
No mesmo espaço de tempo foram condenados 6.000 professores de ginástica e treinadores desportivos na USA. Disto ninguém fez notícia. A campanha secularista contra o cristianismo tenta deslegitimar a moral da Igreja católica na sua diaconia em hospitais e escolas… Estão-se marimbando para os réus ou para as vítimas. Um laicismo agressivo e militante propaga a ideia de que as crianças se encontram em perigo nas escolas da Igreja. Esquecem que, pelo facto de haver pedófilos na escola do Estado, ninguém diria que a escola é um perigo.
Do Fanatismo Religioso para o Fanatismo Ideológico
Também o ressentimento dos adversários da Igreja conduz ao esquecimento das vítimas. A rede de propaganda é de tal ordem e tão cerrada que, qualquer pessoa com formação média poderá constatar, sem mais, a lavagem ao cérebro do cidadão, em via. A acção coordenada de campanhas cíclicas anticristãs a nível de toda a União Europeia são o melhor testemunho da boa organização e das redes de uniões secretas, grupos marxistas materialistas e ateus. Para isso bastaria fazer-se um estudo comparativo dos títulos de todos os meios de comunicação social, em todos os jornais da Europa; quase se repetem. Quer-se, a todo o custo uma União laicista baseada num republicanismo jacobino. O capitalismo e o progressismo não admitem rivais!
O fanatismo que na Europa já parecia ter superado renasce com a União Europeia no fanatismo secularista e partidário contra a Igreja; desvia assim a atenção do cidadão, da criação duma sociedade base cada vez mais pobre e da bancarrota dos Estados. A pretexto de alguns padres pedófilos, a opinião publicada na TV, Internet, rádio e jornais fomenta o preconceito de que a igreja é o vale dos hipócritas e dos pedófilos. A má consciência e a má intenção são capazes de tudo!
Os militantes do fanatismo em vez de coordenarem forças, com todas as pessoas de boa vontade, em defesa das vítimas e dos oprimidos aproveitam-se dos crimes de alguns para incriminar toda uma instituição. A eles só lhes importa assunto para fomentar o seu poder seja à custa de quem for. A igreja já ultrapassou o seu fanatismo religioso militante, agora encontramo-nos, a nível europeu, na era do fanatismo militante secularista e ateu. Sabem que o povo mais desacautelado, é inocente, se deixa levar! Muitos aproveitam-se do carrossel dos média e outros aproveitam a boleia. Por isso falam da responsabilidade da Igreja e calam a responsabilidade dos criminosos, como se estes fossem menores. O cardeal alemão Karl Lehmann diz num artigo do DIE ZEIT: “já há muito que se procura a culpa primeiramente no colectivo e quase sempre no Sistema”.
Apoio a Igreja mesmo que ela não me apoie a mim. Antes combatia a instituição eclesial como era moda nos anos 70. Tenho experiência a nível de Igreja e de alguns partidos. A Igreja, nalguns pontos, a nível superficial, é retrógrada; porém, a nível da visão do Homem e da sociedade (cf. Encíclicas da doutrina social da Igreja) é, de longe, mais progressista e avançada que qualquer partido. A sociedade só conhece dela o folclore e aquilo que lhes importa para se afirmarem à sua custa. A Igreja é, ao mesmo tempo, pecadora e santa como toda a pessoa de boa vontade. Já os Padres da Igreja falavam da Igreja “casta prostituta “. A Igreja, como instituição, é tão pecadora e tão santa como a sua comunidade, os seus membros. Estes são homens e mulheres com tudo o que lhes pertence: o bem e o mal.
Os fariseus secularistas cospem no farisaísmo da Igreja; o mal está presente em toda a parte mas na Igreja brilha mais. Por todo o lado cheira a próximo. Ela é prostituta mas só ela é mãe e pode proteger e guardar o tesouro da fé cristã; sem a mae, com a morte do indivíduo, morria a tradição. A fé mantém-me na Igreja. Eu manteria a fé na Igreja de Jesus Cristo, mesmo sem a instituição. Admiro na Igreja a adoração dum Deus que é todo Homem e dum Homem que é todo Deus.
Precisamos de crentes e ateus, precisamos de todas as vozes que clamam à terra, vozes que clamam ao céu, para juntos tornarmos o mundo melhor!
A doença da pedofilia, no dizer dos peritos, é muito difícil de diagnosticar e corresponde a uma inclinação profunda e incurável. Pedófilos exploram a necessidade de dedicação das crianças.

Autoria de António da Cunha Duarte Justo, Alemanha.